Gratidão

Por Cristyam Otaviano - janeiro 09, 2018

Julho vai chegar, e então você volta por aqui. Vem trazendo historias de lá. A gente pode sentar e contar como foram as coisas longe um do outro, como foi viver a distancia, esperar vivendo. Dizer o que mudou com tudo.

O perdão foi dado. Mas volto dizendo, que não se esquece o que aconteceu nem mesmo se apaga. Nosso amor aconteceu e isso é um fato que não pudemos negar um ao outro. A confusão foi evidente, a distância e o silêncio também! Houve primavera, cicatrizes, raiva, morte, tempo e logo a gratidão. Gratidão pelo que aconteceu e até mesmo por aquilo que não tivemos tempo de viver.

Muito se passou de lá até aqui, e o nosso amor continua sendo desconhecido por muitos, mas isso não significa que não tenha sido verdadeiro muito mesmo que não tenha abalado as coisas por aqui, pelo contrário, a vida tomou um rumo jamais imaginado graças a você. E eu sou grato por isso.

O perfume, o toque, as palavras lembram das tarde que passávamos juntos. Chego a ter saudades daqueles dias de sol, do caminho até casa, de ver a primavera chegar e da tempestade por fim àquilo tudo. Houveram vazios, que sei que jamais poderão ser preenchidos e marcas que o tempo jamais apagará. Também sou grato por tudo isso.

Aprendi a dar silêncio a um amor que ainda grita pelo seu nome vez ou outra. Soube ser mais forte quando a dor chegava sem avisar, sem mandar recado, e acima de tudo grato por tudo que veio, pelo que foi bom assim como pelo que só o tempo ensinou, ainda que tivesse que conviver com a presença da sua ausência.

Julho vai chegar, e vamos nos ver, então eu vou poder olhar no teu olho, ainda que não como antes, te abraçar forte, sentir o perfume de sempre e lembrar de tudo que vivemos e não ficar triste. Pois, sei que independentemente de tudo, do tempo ter passado, da distância ter se provado, da dor ter sido sentida e de tudo ter acabado, foi bom enquanto durou e somos, um ao outro, gratos por tudo isso.

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