Segredos

Por Cristyam Otaviano - abril 23, 2019

Quantos segredos você guarda? Me diga e então te libertarei.

Amo em segredo, em pensamento. E por isso peco, peco em Silêncio de oração, a mesma em que eu te pedi. Tu não és meu, tão pouco seria, não me merece, mas ainda assim te amo, em segredo. Forte, por um, em pensamento, sem lugar, sem hora nem lugar.

Haverá tempo para amar. Quanto a nós, não é mais segredo. Te amo e todos sabem, isso me pesa e por isso não posso sair do chão. Voar, é uma liberdade que não vivo. Seremos só amor, um só. Haverá um tempo que toda a verdade se revelará, então serei livre. Amarei mesmo em pecado, em carne.

Há segredos que de tão nossos viram tatuagem. Nunca viram estarão livres, serão sempre eles. E de longe poderás ser visto, és vermelho, será vivo, será uma verdade que nunca aconteceu.



É tempo de liberdade, a primavera há tempos já se anunciou, até o sol não está mais em seu lugar. A vida não é mais a mesma longe daqui, estamos em guerra. O tempo enlouqueceu e precisa saber quem é. Quatro paredes guardam nosso segredo.

Não se trata de mim. É sobre um tempo que nunca acontecerá. Onde a verdade poderá sair na rua, nua, estampada. Caminharemos rumo a um futuro onde podermos acontecer, lá sempre é primavera. Uma odisseia humana, o tempo será de verdade. Seremos todos amor.

Refaça caminhos, pois os segredos não existiram mais. Não sei bem em que tempo enlouquecemos, nos perdemos, aconteceu. A humanidade está em perigo e a salvação ainda é um segredo. São sete chaves ou mais.

E tu como estás? Existem segredos que saem do seus olhos... Posso ver. Haverá tempo para tudo acontecer, será tempo de amar. Lua cheia. Os tempos já não serão mais nossos, não serão mais eles. Os segredos morrem dentro de ti.

As histórias tiveram outros fins, está anotado num pedaço qualquer de papel, espero que o encontre. Desculpe minha letra, não deveria parecer que era eu. Não sei se sobrevivo sem meus segredos, viscerais, orgânicos e codificados. Pecados, loucuras, palavras, pensamentos, fatos, amores e os silêncios, unidos em um único mistério, o de ser.

Sem intenção apenas ser, ser verdade, ser tempo, segredo.

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