ViVendo: 3 anos

Por Cristyam Otaviano - abril 03, 2019

Caralho! Já fazem 3 anos!!!

2016
Não sei por onde começar, ultimamente ando sem saber como fazer muita coisa, porque eu estou reaprendendo a viver. Hoje, vim aqui falar de coração, sem ligar para os números, para seguidores ou para vaidades. Sem epifanias, metáforas, mensagens subscritas ou mistérios, sou eu aqui o Cristyam.

Era 2015 quando tudo isso começou. Tanta água rolou de lá para cá, tive dias maravilhosos que nunca ninguém soube, momentos lindos que mesmo com o tempo não perderam seu brilho, conheci pessoas incríveis que até hoje faço questão de manter na minha vida, mas, e sempre tem um "mas", tive dias ruins também, por um tempo tudo ficou cinza, vazio, sem vida.

Lembrança do Facebook de 3 anos atrás.
No último ano, precisei recomeçar a vida, me redescobrir, reaprender a viver, a amar, a ser feliz... Achar a mim meio a tudo que sobrou depois de um fim, o meu fim. Por um tempo enlouqueci, pensei que jamais conseguiria voltar a ser alguém, tive medo de poder não sobreviver a essa luta. Sim, eu pus fim a mim mesmo, quase ninguém soube, e agora eu me abro, de coração.

Diversas vezes me perguntei se estava no caminho certo, cheguei a ter a sensação de está falando sozinho comigo mesmo, nada acontecia. Os textos se perdiam no tempo, eu me perdia em textos, mas mesmo assim o show continuou quando em Agosto de 2018 recebi meu Primeiro Premio. Um texto que nasceu meio aos dias dificeis, Sentidos, levou 2º Lugar, na categoria Contos, do Concurso Literário Pedro Guerra. Foi quando percebi que parecia ser o caminho certo.

Prata!
O tempo foi passando, ainda duvidava sobre as coisas, quando recebi o resultado de um Miniconcurso. Outubro de 2018, um segundo conto (Preta, breve no blog), foi um de doze contos selecionados para formar uma coletânea. Sim, era minha primeira publicação, numa coletânea, mas é uma publicação. Atualmente o livro passa por um processo de produção. Ele ficará disponível online de forma gratuita, assim espero. Era sim o caminho certo!

Os meses foram passando e aos poucos fui me descobrindo, num gosto, num canto, numa cor em outra voz e em mim. Amadureci minha forma de escrever, entendi que é normal mudar com o tempo, mudei, aprendi a usar outras palavras, hoje digo "adeus" a mim mesmo, a quem já fui um dia. Os dias já não são mais os mesmo.

A vida não cansa de surpreender a gente, não imaginei as coisas assim. Certo dia acordei e me vi feliz, era estranho, mas era bom. Eu me reencontrei. Descobri um sonho perdido em mim, aprendi a perdoar meu passado, a pedir perdão. Aprendi usar palavras novas, a ser paz, silêncio, alegria e ser eu.

Obrigado.
Num desses dias, escrevendo, eu chorei. Um choro fácil, simples. Chorei, pelo passado que insistiu em me fazer enxergar os dois lados de uma mesma moeda, por me encontrar num texto e poder viver um sonho. Ainda tenho muito pela frente, uma vida não se faz só num texto, há lugares onde devo estar, amores que precisarei viver, histórias para contar, abismos para me atirar, dias para viver e morrer, alguém para eu ser.

  • Compartilhe:

Leia Também

0 comentários