Voar

Por Cristyam Otaviano - dezembro 24, 2018

De volta a realidade depois de estar contigo no paraíso, as coisas aqui são confusas, muito de tudo fica indefinido, mas uma delas tem seu nome, é saudade. É verdade do começo ao fim. Faz falta, eu só tenho minha cama de solteiro, é tudo o que tenho para te dar. Com jeito a gente se ajeita.

Teu silêncio faz um eco ensurdecedor aqui, tua falta solta gritos no meu peito que qualquer um pode ouvir. Pode não ser o nosso agora, mas o agora, é a única coisa que importa, é tudo o que temos. Lembre-se disso: do começo ao fim.

Se precisar me deixa, é alto mas eu posso aprender até que chegue lá, a natureza se encarrega do resto. Fiquei leve, fui alto, mas agora começo a cair, e ainda não sei voar. Ódio e amor, medo e coragem, felicidade, certezas e duvidas, tudo está confuso, tudo passa por mim, corre pelos meus dedos. Estou caindo é inevitável.

Fica, pelo tempo que precisar, te dou a eternidade se quiser, faça valer cada segundo que for. Se for embora, me dê um adeus, ponha o ponto final na nossa história. Nosso querer veio junto, ainda há tempo para me salvar, meu querer é teu, isso é sobre você, do começo até o fim. Sei que estou caindo, e certos fins, são inevitáveis.

Antes que eu me afogue em mim, que você me consuma, que o fim chegue, preciso aprender a cair talvez, como também a saber me levantar, ou quem sabe, aprender a voar, saber como lidar quando todo o céu for a tua saudade.




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