Despedida

Por Cristyam Otaviano - maio 17, 2017

Essa é minha despedida. De tudo. Da vida. Das pessoas. Daqui.

Vou morrer para então renascer, vivi de mais e isso foi o que me matou, de tanto eu viver chegou a hora que preciso morrer para então fazer o novo, de novo. Assombroso é esse sentimento, te deixa triste mas por ora, deixar tudo para trás e imaginar ter a oportunidade de fazer-se novo, de novo, é de fazer o coração dar uma festa no peito da gente. 


A vida é dessas, te arranca tudo, mas te oferece uma chance de fazer-se novo. Uma chance que ela nos da, não podemos vacilar. Agora, tendo vivido a versão beta de tudo, chega a hora de viver a vida de verdade. Ser café com leite no jogo da vida não cabe mais aqui.

Sabemos das manhas, onde moram os perigos. Quando e que decisão devemos tomar, de onde saber pular quando precisar de adrenalina, saber que quando o tempo esta para chuva devemos ter sempre uma sacola na bolsa. A vida ensina tudo isso. 

É grande meu viver, grande de mais para ser só meu, por isso conto aqui minhas histórias. Mas sou egoísta a tal ponto de não deixar ninguém tirar as coisas do lugar. A final, me pertenço do começo ao fim, descido o que faço, desfaço ou disfarço.


Uma casa, que esta de porta aberta para as visitas e qualquer um pode entrar, só não tirando as coisas do, lugar fica tudo ok. Parece estranho mas as coisas estão no seu devido lugar e eu gosto delas assim, e agradeço quem chegar deixa-las no seu cantinho. 

Sim isso é um adeus, que morre e vira um "então, vamo lá?!". Vida para a nova vida. E tudo que for de bom, e que traga paz é bem vindo. O frio na barriga é evidente. E muitos podem não entender o porque das coisas, quem sabe as coisas nem tenham um porque, é assim e pronto, aceitar.


Achei a hora de deixar tudo, ela chegou. A vida vai se fazer em escala, chegou a hora de ir para a conexão antes destino final, o sonho maior. Daí vou experimentar tudo de novo, mas nada se compara como a primeira vez, a descoberta, o frio na barriga, o brilho nos olhos. Refazer as malas, pensar no que deixar para trás, no que levar para além. Enquanto isso me agarro ao sentimento e espero que ele dure, mas dure bem muito, se acabar, é pra ir lá fora pra pegar um ar ou um sol, e voltar logo. 

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