A história de quando te conheci - Pra Sempre

Por Cristyam Otaviano - novembro 13, 2017

Ali, passando em meio do vai e vem de tida gente, eu te vi. Aí deu o vento e te levou. Para onde eu não sei, mas te queria por perto. A lua, assistia à festa toda lá de cima, os iguais, o protesto feito da mais verdadeira forma, que não usa palavras de ordem, muito menos cartazes, um protesto de existência. Um protesto de amor. Ele sempre vence.

Atrás do trio eu fui, de música em música, dança por dança, até que me senti, você estava por perto, fiquei a sua procura, mas foi em vão, sumiu de novo. Parado ali em meio a todo mundo, dançava quando vindo em meio a multidão, era você. O coração simplesmente fez uma festa no peito.


Passou e quase que te perdi de novo, então puxei teu braço e você me olhou querendo entender o que era aquilo, mas logo desfez quando me olhou, fui ao teu pé do ouvido e foi ali que tudo começou.

Num beijo, único, a reação inerte, um ato quase que poético, você me ganhou, sem contar no sorriso, de longe um dos mais simples e encantadores que já vi. É você, o coração falou. Pensava que você fosse sumir, mas ficou perto, me vigiando, espreitando como um predador vigia a presa.

Fui só mais um? O primeiro? O último? Ficou a dúvida. Independente disso, só precisava ser especial enquanto durasse. E foi nos teus olhos que o coração fez calmaria. Acalma a alma, inquieta.

Fica confuso dizer ou pensar algo, via das coisas que aconteceram e que podem acontecer. Se erro por fazer isso, prefiro ficar persistindo no erro, continuar sendo burro. Nas vésperas de uma data tão especial, ali em uma festa tão linda que você me veio, a vida que te trouxe. O acaso mais perturbador e reconfortante de todos.

Certas coisas na vida, só nós entendemos, porque nos pertence, é nosso. Se pudesse te levar para algum lugar, sabendo que aceitaria. Não te levaria para lugar nenhum, porque assim ficaríamos numa busca eterna pelo nosso lugar no mundo, uma viagem que nunca tem fim. 

Procurar um campo para ver as estrelas, uma praia onde o som mais humano que se ouça seja o da tua voz. Te levarei comigo, levarei aqui, para sempre. Porque ainda que as coisas tenham fim, a eternidade parece pequena para frente a nossa história.

  • Compartilhe:

Leia Também

0 comentários