A breve história dos heróis

Por Cristyam Otaviano - agosto 13, 2017


Heróis não nascem nas telas da TV, não são criados por computação gráfica ou muito menos se resumem a quadrinhos. Eles habitam esse mundo, estão aqui, entre nós. Nascem todos os dias, assim como eu, você, meu pai, sua tia e sua avó, temos os nossos, valentões de coração mole. Esses heróis não são os que salvam as cidades, matam monstros ou mesmo lutam contra vilões, mas se preciso for preciso ele dará a sua vida por você.


Ele te levava para cama quando você, sem querer, dormia no sofá. Te ensinou a apertar o parafuso para o lado certo. Aquele que te levava para sair de casa, nem que fosse só para conhecer as ruas e aprender a se virar no mundo lá fora. Que fazia de tudo para te deixar em casa, só para te ter por perto, ali sobre o amparo dele, sob seus cuidados, caso contrário ele enlouqueceria, se soubesse que você estava em apuros e que não podia ajudar.

Heróis umas horas, caçadores de presente em outras. A alegria era incomparável quando por telefone, sabíamos que nossos heróis tinham encontrado nosso presente por aí e estavam a caminho para trazer-lhe, óbvio eles não vinham voando, vinham de ônibus ou dirigindo seus carros, a final esses salvadores, por mais fantásticos que fossem, não sabem voar.

Como todo bom herói, eles não vivem para sempre. Sua missão básica: passar seus ensinamentos para manter o legado, e assim por diante, e primeiro, ser insubstituível. Heróis não morrem, viram uma lenda. Nós, aprendizes, lembramos de seus ensinamentos e de suas batalhas épicas como ninguém. Para alguns seus heróis são conhecidos apenas por fotos, outros por borrões de lembranças da infância, outros só chegam a conhecê-los por histórias contadas sobre eles.


Por mais que tenha sido pouco tempo, pouca convivência, pouco contato ou pouco aproveitado, lá, no fundo, sabemos que nossos heróis conseguiram tudo só por nos. Só para ver um sorriso no nosso rosto, para não que não chorássemos, para que não sofrêssemos. Ainda que não digamos abertamente para todos em modo público no Facebook, que poste fotos no Instagram, só existimos por que eles estiveram um dia aqui e lá, no fundo, apesar de brigas, surras, conversas, chateações ou ausência, somos gratos a eles, por tudo, porque foram, são e serão, nossos eternos heróis.

Obrigado, Pai. 

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