Treze (31)

Por Cristyam Otaviano - janeiro 13, 2017

Como quem olha para o céu admirando as estrelas e se depara com uma daquelas que andam, fui surpreendido, e a vida ficou boa ali, no dia treze. Sem querer, eu te quis. Não soube o que fazer, confesso que fui pego de surpresa. A vida ficou leve. Alguma coisa aconteceu, não sei explicar o que, mas aconteceu.


O avesso dessa história começou em trinta em um. Já havia deixado de ser eu, e a floresta que você habita, nasceu naquele dia.  O que foi deserto e quase magicamente virou a floresta, que abriga tudo isso, nasceu naquele dia. Fruto da primavera. E sobrou, graças que sobrou. Por sorte é seu, o escolhido, merecedor da imensidão de tudo. Mas foi você quem me deixou entrar.

Houveram coincidências, o destino havia tentado nos unir, mas foi em vão, ficaram migalhas de um caminho, espalhadas pela cidade, insuficientes para que eu notasse os sinais, pistas que me levariam até você. E eu só precisei estar no lugar certo na hora certa.As peças, fatos, tudo pareceu se ajustar depois da chegada. Houve catalise no que havia aqui, o amor que faltava apareceu e formou produtos, o equilíbrio favoreceu a situação.


Você tinha tudo para ir, mas não foi, disse que não o faria. Vamos dar um jeito. Mesmo com a tempestade que tudo se tornou, você soube ser forte quando foi preciso. Não desistiu mesmo quando teve seus motivos. Ainda que tenha feito juras a mim mesmo, a tudo que existe, não parece loucura repensar o que já vem sido pensado há tanto tempo. Sensatez.

A primavera voltou, mas não veio pra mim. Aí dentro, nasceram flores. Alguma coisa aconteceu, não sei bem o que, mas aconteceu. Alguém gritou, e responderam a altura. Fui eu. Quando acontece a gente sabe que não é outra coisa.


É Sexta Feira 13! Para alguns é tempo de azar, é o que falam por aí, mas foi num dia desses que as coisas ganharam certo sentido. Parece que alguém se enganou em algum lugar. E se tudo isso for azar, eu sou feliz por ser então essa pessoa de má sorte.

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