Leitores e loucuras

Por Cristyam Otaviano - novembro 30, 2013


Nos últimos dias vaguei pelos canais no YouTube a procura de vídeos onde as pessoas falavam dos seus hábitos de leitura. Achei uma gama de vídeos, e um beta de pessoas que falavam dos seus mais variados hábitos de leitura. Uns eu reprimi, mas hábitos são hábitos, e quem sou eu para julgar essa pessoa?

Mas estou aqui para falar dos hábitos desse ômega massa de leitores espalhados pelo mundo. A começar pelos meus, quando o livro é bom mesmo eu o leio onde eu estiver. No ônibus, até em pé, na parada, na fila do banco, no cabeleireiro - uma cena muito clichê, mas uma cena. Em minha opinião não há momento muito menos lugar para ler. Parece um pouco cômico, me imaginar cortando o cabelo e devorando com os olhos um Machado de Assis, sem ao menos me importar se o corte está saindo do jeito que eu recomendei ao Sr. dono das tesouras.

Conheço pessoas que só leem ouvindo musica - chego a não entendo isso - mas se elas só conseguem ler assim, que assim seja. Em contraponto conheço outras pessoas que só leem na calada da noite, no mais "mudo silêncio" da noite, e assim atravessam-na navegando pelas mais diversas águas brancas e planas, pintadas de tinta que assim chamamos por páginas.

Das rodas de conversão vem a tona os mais exóticos hábitos de leitura. Pessoas que só leem livros de folha marrom, pessoas que só leem de dia, outras que só leem nos ônibus da vida, outras que leem enquanto come outras que leem com a televisão ligada no mudo. Mas todos eles têm um habito em comum, a leitura. Ler é ser livre, é poder sair dessa selva de pedra por alguns minutos e quem sabe até horas e viajar pelos mais belos parques e bosques, é viver em um mundo onde conseguimos não nos preocupar com a prova de amanhã, com o dinheiro que falta pra conta de luz e com os milhares de obrigações que nos são empregadas no decorrer da nossa vida.

É como se levitassem a metros do chão, em cima de um belo bosque, coalhado de flores, um sol a esquentar nossa pele, acompanhado de uma brisa agradável e típica de dias de primavera. É belo, lindo e inspirador, mas num piscar de olhos somos trazidos abruptamente ao mundo real. Ao corredor abarrotado de um ônibus ou a uma noite fria e silenciosa.

Não importa o lugar, a hora, o barulho e até mesmo a cor da página ler é dos mais preciosos hábitos - senão o mais. O hábito de ler é o mais ilustre dos hábitos que uma pessoa possa ter. Para um leitor não importa as metas, a cor da pagina, o lugar, o barulho ou a hora, para ele o que importa é ler, adquirir conhecimento em uma sociedade onde saber ou mesmo desligar-se desse mundo e ir para outro totalmente diferente do seu onde tudo é praticamente possível.

Qual(is) seu(s) hábito(s) de leitura? Deixe nos comentários.

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