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Por Cristyam Otaviano - fevereiro 17, 2018

A vida pode ser curta, sei disso, o tempo me provou isso. Obrigado tempo.

O céu azul traz a paz que falta nos dias difíceis, há paz. Há mar. A permissão é dada para o vento entrar no continente e ele vem, toca meu rosto,  me fala que seja o que eu estiver passando é passageiro. Mas a vida pode ser curta sim, e nos não devemos nos importar quanto a isso. Nossos monstros crescem a medida que os alimentamos.


A vida só ela é suficiente? Só o viver vale a pena? Há tudo por aqui, mas ainda sim parece faltar algo, falta o movimento. A vida parou na beira do mar. O cheiro faz pensar como seria do outro lado. O verão esta chegando, o vento vem trazendo suas cores. O calor. Vem vida, leve, tonta de si.

Apesar do show eu preciso ir, não tenho motivos para ficar, e um aviso. Sou livre acima de tudo e as correntes que me prendiam aqui já não conseguem, mas ser mais fortes que a correnteza do mar do destino. Haverá movimento, solidão e tempestades. Há mar. 

Chegou a hora, esse é o momento certo, estou pronto parar ir. Deixar tudo de mim para trás, ate mesmo a mim. Deixar sentir a dor da partida, o pranto por morrer e magicamente nascer em algum lugar de novo. Serei eu verdadeiramente. Preciso deixar a coragem tomar meu corpo. Sentir cada músculo vibrar ao toque das doses letais do sentimento. O coração pular no peito, fazer uma festa aqui dentro.


Os pássaros vão e voltam, mas é coisa de estação e podem esperar olhando para o céu que e um dia, eles voltam trazendo o verão. É verão, e as mesmas cores que me fizeram ir, talvez me façam voltar. Enquanto estiver, olhando para o céu esperando me ver chegar prometa uma coisa a si, que ira me esperar vivendo, e não esperando.

Arruma a casa que vou voltar, venho trazendo a saudade, flores em mim, historias de solidão para contar, um ser evoluindo, um brilho especial no olho e acima de tudo um coração louco para dançar, ao som da vida, por que só ela, vida em si, não me basta.

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