Mar

Por Cristyam Otaviano - junho 11, 2020

O mar que se sente, é a gente. Profundidade que alimenta, beleza e escuridão, que habita em nós, é nosso, é mar, amar. O sal, o sol, o chão e eu, me provando de sentimentos insolúveis até mesmo em toda agitação. A solução sempre encontramos no mar, nosso começo, meio e fim.

No fim de toda história há mar. Azul, infinito e eterno. Somos mar, onda, que vem e vai, e nunca acaba, vento que sopra, muda, mudo e balança. Temos pedaços do céu aqui também. Há um pedaço do mar escorrendo pelo teu pescoço, suado de tanto amar, sal e luz para guiar os caminhos.

Se mergulhar, poderá não sobreviver, traiçoeiro, há coisas que ainda desconhecemos no meio de toda imensidão Profundidade, há lugares onde nem a mais forte das luzes poderá nos alcançar, lá mora o esquecimento.

Habitando monstros, sabemos exatamente onde se escondem, estão todos aqui. Força, o mar se prende, prende, afoga, mata e destrói quem quer que ouse ir contra suas regras. Se for vivo, te levarei, após será somente um corpo, nem os homens poderão lhe salvar.


Perto de amar, longe de toda proteção que envolve o coração, há um mar, poder e destruição. Permissão, em todo lugar que o mar toque, não se pede, o mar é invasão. Não se pode evitar amar. O mar acontece, existe e é. Sou de feito de amor e dor, vim de dentro do mar.

Não sei quando se puseram a me tirar dali. A água que o fogo insiste em provar, perigo, vida e sina.

Sensual, seduz, dança e encanta, a ondulatória se prova, toda ciência não explica, explica nós. O mar se sente, perto ou longe. O mar é um sentimento, sou eu oscilando na superfície, contando em grãos de areia, futuros que nunca acontecerão.

No fundo de ti e de mim, há mar, amor e o desejo, de poder encontrar terra firme seguindo o caminho das estrelas que moram em ti. Mergulhar no imenso que habita em cada um de nós. No começo, meio e fim, haverá amor, existirá o mar.

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